Que a pele escuraNão seja escudo para os covardes,Que habitam na senzala do silêncio,Porque nascer negro é consequênciaSerÉ consciênciaDói no povo a dor do universoChibata, faca e corteMiséria, morteSob o olhar irônicoDe um Deus inversoUma dor que tem corEscorre na pele e na boca se calaUma gente livre para o amorMas os pés fincados na senzala.Dói na gente a dor que mataChaga que paralisa o mundoE sob o olhar de um Deus de gravata ...Doença, fome, esgoto, inferno profundo.Dor que humilha, alimenta cegueiraTrevas, violência, tiro no escuroPedaço de pau, lar sem muroParaíso do malCastelo de madeira.Oh! SenhoresDeuses das máquinas,Das teclas, das perdidas almas.Do destino e do coração!Escuta o homem que nasce das lágrimasDo suor, do sangue e do pranto,Escuta esse pranto(Que lindo esse povo!)(Quilombo esse povo!)Que vem a galope com voz de trovãoPois ele se apega nas armasQuando se cansa das páginasDo livro da oraçãoSérgio Vaz
A finalidade deste blog, é buscar um intercâmbio social com todos os meus amigos, além de assuntos gerais de interesse de todos nós.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
ORAÇÃO DOS DESESPERADOS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.