domingo, 28 de março de 2010

Aos descrentes - Olavo Bilac (Espirito)




Vós, que seguis a turba desvairada,
As hostes dos descrentes e dos loucos,
Que de olhos cegos e de ouvidos moucos
Estão longe da senda iluminada,


Retrocedei dos vossos mundos ocos,
Começai outra vida em nova estrada,
Sem a ídéia falaz do grande nada,
Que entorpece, envenena e mata aos poucos,


Ó ateus como eu fui - na sombra imensa
Erguei de novo eterno altar da crença,
Da fé viva, sem cárcere mesquinho!

Banhai-vos na divina claridade
Que promana das luzes da Verdade,
Sol eterno na glória do caminho!



livro Parnaso de Alem Túmulo, da editora da FEB.

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